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  • A maioria dos empresários brasileiros (74%) acredita que a economia brasileira vai crescer ao sediar a Copa do Mundo da Fifa de 2014, de acordo com dados do International Business Report 2012 (IBR) da consultoria Grant Thornton International, que ouviu 300 empresas brasileiras. Apesar da expectativa otimista dos empresários, apenas 1% deles acredita que a Copa vai aumentar o nível de emprego no País."O Brasil está perto de um nível de pleno emprego. Certamente, os empresários investirão mais em treinamento da equipe existente e realocação. Além disso, haverá muito mais contratações temporárias", diz Paulo Sergio Dortas, da Grant Thornton Brasil. Os executivos consultados apontaram que os setores que devem ser mais beneficiados são o de turismo (58% das respostas), construção civil (16%) e infraestrutura (14%). O levantamento mostra ainda que apenas 17% das empresas consultadas planejam aumentar os aportes em função do evento."É preciso maior contribuição da iniciativa privada nos investimentos planejados para o evento, além da imprescindível participação do Estado, garantindo os prazos para finalização das obras. Os investimentos em hotéis, restaurantes e serviços devem naturalmente ocorrer pela iniciativa privada", comentou Dortas, em nota distribuída à imprensa. "Nesse momento, ainda falta maior vigor no que se refere às obras de infraestrutura com financiamento privado e público, para garantir tanto a realização dos megaeventos como um legado sustentável", disse Dortas.África do SulPesquisa da Grant Thornton África do Sul sobre o impacto da Copa do Mundo de 2010, sediada no país, mostrou que a média das tarifas dos hotéis subiu 61% e a ocupação cresceu 18%. Também no país africano na época do evento, gastos com cartões aumentaram 55% e vendas no varejo, 7,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a consultoria, ainda na África do Sul em 2010, a indústria de Alimentos e Bebidas cresceu 10,4% e o mercado de cerveja aumentou 12%. Vendas em bares cresceram 20,5%.Reino UnidoCom a Olimpíada de 2012, a economia do Reino Unido conseguiu superar sua recessão mais longa em 60 anos, e assistiu a seu PIB aumentar 1% no terceiro trimestre - expansão que foi a maior em cinco anos. No entanto, economistas e oposição advertiram que este impacto não deve durar até depois do fim do último trimestre do ano. No segundo trimestre, a economia do Reino Unido havia registrado uma contração de 0,4%.O setor de serviços do país - responsável por mais de 75% do PIB - cresceu 1,3% no terceiro trimestre, após ter recuado 0,1% no segundo. A produção industrial, com crescimento de 1,1%, teve a alta mais contundente desde o segundo trimestre de 2010. Fonte: Beatriz Bulla, da Agência Estado
  • Conquista depende, porém, de tecnologias mais seguras e fornecedores capacitados.O anúncio da descoberta do pré-sal em 2007 mudou radicalmente o panorama do setor de petróleo e colocou o País sob os holofotes mundiais. Com esses recursos, o Brasil pode mais que triplicar suas reservas petrolíferas até 2020 e ingressar no clube dos maiores produtores do mundo.Hoje, o País tem reservas provadas de 15,7 bilhões de barris de petróleo. Estimativas da Coppe/UFRJ apontam potencial de mais 55 bilhões nos próximos seis anos, a maior parte localizada no pré-sal.Para tornar essa projeção uma realidade, porém, Petrobrás e outras petrolíferas têm pela frente dois grandes desafios: desenvolver tecnologias que permitam a exploração submarina abaixo da camada de sal com segurança e identificar fornecedores locais que atendam à demanda a preços competitivos e dentro de prazos apertados.Atualmente, o Brasil ocupa a 14ª posição no ranking mundial de reservas de petróleo, liderado pela Arábia Saudita, segundo dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Com mais 55 bilhões de barris, o País subiria para a 8ª posição, ultrapassando nações como Líbia e Cazaquistão.Em um esforço de viabilizar a produção e fazer novas descobertas no pré-sal, Petrobrás e empresas parceiras estão investindo US$ 93 bilhões entre 2012 e 2016. O montante equivale a 40% de todo o investimento previsto pela estatal no período.Na avaliação do diretor de tecnologia e inovação da Coppe/UFRJ, Segen Estefen, são três os desafios tecnológicos impostos pelo pré-sal: desenvolvimento de materiais anticorrosão, para profundidades que variam de cinco mil a sete mil metros a partir do nível do mar; aprimoramento das técnicas de perfuração, para driblar a espessa camada de sal e mais cinco quilômetros de rochas; e o escoamento da produção, pois as plataformas ficam a 300 quilômetros da costa.Corrida. Desde que o primeiro óleo foi extraído do pré-sal, em setembro de 2008, esses desafios vêm, aos poucos, sendo vencidos. Hoje, há oito campos em produção comercial no pré-sal nas bacias de Campos e Santos. Deles são extraídos mais de 200 mil barris de petróleo por dia, uma produtividade que surpreendeu a própria Petrobrás.A maior dificuldade tem sido o transporte até a costa. Uma opção, aponta a Coppe, seria construir uma malha dutoviária para escoar o petróleo. Hoje, ele é transportado por navios."Do ponto de vista tecnológico, temos de transformar os desafios em oportunidades. Temos de fazer da corrida do pré-sal o mesmo que os Estados Unidos fizeram com a corrida espacial. Muitas tecnologias que estão no dia a dia dos americanos e do resto do mundo foram desenvolvidas naquela época (os anos 60 e 70) e ganharam novas aplicações", afirma Estefen.O desenvolvimento de fornecedores locais também é uma preocupação. A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) estima que, entre 2010 e 2020, o dispêndio (investimentos e gastos operacionais) da Petrobrás e de outras operadoras em exploração e produção, incluindo pós e pré-sal, será de US$ 400 bilhões. A maior parte será destinada à construção de plataformas, sondas de perfuração e navios.Algumas dessas plataformas já foram encomendadas no exterior, porque os estaleiros brasileiros não poderiam atender à demanda no prazo ou não teriam capacidade para construí-las. Caso da FPSO (sigla em inglês para unidade flutuantes de produção e armazenamento) Angra dos Reis, que tem conteúdo local abaixo de 5% e responde pela produção do campo de Lula, no pré-sal. Ela foi construída na China.Segundo a Petrobrás, novas unidades de produção estão sendo construídas no estaleiro Rio Grande e poderão atingir conteúdo local de até 75%. Mas a estatal deixa claro que, embora sua política seja de maximização de nacionalização dos projetos, isso não ocorrerá a qualquer custo.E diz que "se um determinado item ou serviço não tiver no Brasil preço competitivo, qualidade, prazo para atendimento e quantidade suficientes para atender à demanda, será importado".Para evitar isso, a Onip está mapeando os gargalos do setor e identificando as oportunidades de nacionalização de componentes. As maiores estão no segmento de navipeças: cem projetos já foram enumerados."A fase de exploração dos blocos é de três a cinco anos, e o desenvolvimento da produção leva mais dois a quatro anos", afirma o superintendente da Onip Luiz Mendonça. "Temos tempo suficiente para a cadeia produtiva se preparar para o pré-sal. Temos de fazer como a Coreia, que não tem uma gota de petróleo, mas exporta para o mundo".O setor enfrenta incertezas sobre as novas rodadas de licitação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) por causa do impasse na votação sobre os royalties e no marco regulatório do pré-sal. A última rodada foi em 2008."As empresas já instaladas no Brasil veem se aproximar o esgotamento de suas áreas e as que se prepararam para entrar no mercado não conseguem oportunidade", diz Flávio Rodrigues, coordenador do Comitê de Relações Externas do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás."O País perde investimentos essenciais e o governo perde receitas que seriam fundamentais para a promoção do desenvolvimento", acrescenta. Apesar disso, ele diz ter recebido com otimismo o anúncio do governo de que a 11ª rodada ocorrerá em maio de 2013, e a primeira do pré-sal, em novembro de 2013. Fonte: Danielle Nogueira O GLOBO
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