Projeções mostram que economia brasileira piora antes de melhorar

25 Abr, 2015 às 08:00

  • “A situação econômica brasileira vai piorar antes de melhorar”. Foi com essa afirmação que o economista Mailson Ferreira da Nóbrega iniciou a palestra “Perspectivas da economia brasileiro” nesta quinta-feira (23), durante o Seminário Internacional da Integração do Agronegócio com o Sistema Judicial.  A palestra marca o início do evento, que é realizado em Cuiabá (MT) pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).

    Dentre as projeções apresentadas na palestra, a expectativa é de que o PIB cresça cerca de 1% este ano, que o desemprego aumente e a renda real dos brasileiros caia, e de que o potencial de crescimento continue baixo. Mesmo com essas notícias, Nóbrega considera o pessimismo da população exagerado, já que o cenário tende a melhorar a longo prazo.

    As projeções apresentadas pelo economista para 2015 apontam que o PIB deve cair 1,4%, a inflação pode chegar a 8,1%, as taxas de desemprego podem variar de 6,3% a 7,6% e que a taxa Selic deve chegar a 13,5%, dentre outras.

    Entre os desafios que o Brasil tem que vencer, na opinião do palestrante, estão se tornar um país plenamente capitalista, sustentável social e ambientalmente; ser mais integrado à economia mundial; ter realmente um educação de qualidade; profissionalizar o serviço público e fazer reformas internas para aumentar sua competitividade.

    Para ele, o agronegócio é o setor em destaque na economia brasileira atualmente, pois depende pouco do governo e é o único setor como um todo que tem tido ganhos de produtividade enquanto que a produtividade do país como um todo está estagnada ou caindo.

    “Eu diria que, sem o agronegócio, o Brasil estaria em uma crise gigantesca porque o agro é responsável por geração de superávits comerciais do país. O setor todo é superavitário. Sem o agronegócio, o Brasil teria déficits no balanço de pagamento que seriam insustentáveis. Se olhar por esse lado, o agronegócio é um dos pilares mais sólidos da economia brasileira”, afirma.

    A programação do seminário continua nesta sexta-feira (24) e sábado (25), no hotel Gran Odara. Confira as próximas palestras:

    24/04/2015 (sexta-feira)16h30 às 18h30 – Painel O CENÁRIO AGRO MUNDIAL

    Análise e conjuntura da realidade norte-americana – Levin Flake, Economista agrícola sênior do Comércio, Escritório de Análise Global, Foreign Agricultural Service, USDA (EUA)

    Análise e conjuntura da realidade europeia – Letícia A. Bourges, Diretora executiva do Comitê Europeu e Direito Rural (França)

    Análise e conjuntura da realidade brasileira – Ricardo Arioli, Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Famato (Brasil)

    Mediador: Ricardo Tomczyk – Presidente da Aprosoja-MT (Brasil)

    18h30 às 19h – Intervalo

    19h às 19h30 – Lançamento do projeto MEDIAÇÃO DO AGRONEGÓCIO – Clarice Claudino da Silva, Desembargadora, Presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Resolução de Conflitos (Nupemesc) do TJ/MT

    19h30 às 21h – Painel POLÍTICAS AGRÍCOLAS E O AGRONEGÓCIO

    Política Agrícola brasileira: o seguro de renda e os títulos do agronegócio – Seneri Paludo, Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Brasil)

    Política Agrícola norte-americana – Ray Gaesser, Presidente da Associação Americana de Soja – ASA (EUA)

    Mediador: Rui Prado – Presidente do Sistema Famato/Senar (Brasil)

    25/04/2015 (sábado)

    8h às 9h30 – Painel A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E O AGRONEGÓCIO

    Uma análise da conjuntura jurídica mundial – Sofia de Abreu Ferreira, Cônsul na Unidade de Direito Internacional e Ambiental do Departamento Jurídico do Banco Mundial (EUA)

    Como enfrentar os novos caminhos jurídicos no Brasil – Herman Benjamim, Ministro do Superior Tribunal de Justiça – STJ (Brasil)

    Debatedores: Ana Luiza Avila Peterlini de Souza, Secretária de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso (Brasil) e Marli Deon Sette, Advogada, Professora da Unic/Iuni/Kroton (Brasil)

    Mediador: Lutero de Paiva Pereira, Advogado, Lutero Pereira & Bonelli Advocacia do Agronegócio (Brasil)

    9h30 às 11h – Painel OS NEGÓCIOS JURÍDICOS E O AGRONEGÓCIO

    A utilização dos contratos atípicos no agronegócio – João Otávio Noronha, Ministro do Superior Tribunal de Justiça – STJ (Brasil)

    A importância dos contratos internacionais no âmbito do agronegócio – Reinaldo Ma, Advogado (Brasil)

    Debatedores: Paulo Inácio Helene Lessa, Presidente da Comissão de Estudos das Questões Jurídicas do Agronegócio (Brasil) e José Guilherme Júnior, Advogado, Guilherme e Advogados Associados (Brasil)

    Mediador: José Antônio Tadeu Guilhen, Advogado, Diretor jurídico do Grupo Amaggi (Brasil)

    11h às 11h30 – Intervalo

    11h30 às 13h30 – Painel O DIREITO APLICADO AO AGRONEGÓCIO

    Análise das repercussões fáticas das decisões jurídicas no meio ambiente do trabalho rural no Brasil – Guilherme Caputo Bastos, Ministro do Tribunal Superior do Trabalho – TST (Brasil)

    Análise das repercussões fáticas das decisões jurídicas no meio ambiente do trabalho rural na Argentina – Ramiro Anzit Guerrero, Professor Doutor e Assessor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina (Argentina)

    Debatedores: Fernando Cerqueira Norberto dos Santos, Desembargador do TJ/PE (Brasil) e Daniel Teixeira, Advogado, Zoroastro C. Teixeira Advogados Associados (Brasil)

    Mediador: Edson Bueno de Souza – Desembargador, Presidente do TRT 23ª Região de Mato Grosso (Brasil)

    13h30 às 14h – Encerramento

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