INADIMPLÊNCIA DAS EMPRESAS CRESCE 12% EM QUATRO REGIÕES BRASILEIRAS

26 Jul, 2016 às 10:32

  • As empresas continuam sentindo os efeitos do atual cenário econômico e a inadimplência de pessoas jurídicas aumentou 12,34% em junho em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) se referem ao número de empresas devedoras em quatro regiões pesquisadas – Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul. A região Sudeste não foi considerada devido à Lei Estadual nº 15.659 que vigora no estado de São Paulo e dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no estado.

    Entre as quatro regiões analisadas, o Nordeste foi a que apresentou a maior variação do número de empresas com o CNPJ registrado nas listas de negativados: um avanço anual de 14,31%. No Centro Oeste, a inadimplência de pessoas jurídicas também registrou forte avanço, crescendo 12,69% na comparação entre junho e o mesmo mês do ano anterior. As regiões Sul e Norte apresentaram variações menores do número de devedores mas, ainda assim, expressivas: 10,66% e 10,05%, respectivamente.

    “Nos últimos meses, tanto o número de empresas devedoras quanto o de pendências ligadas a estas empresas seguem em crescimento moderado, já que ambos os indicadores vêm mostrando desaceleração desde março de 2016. Apesar disso, as taxas de crescimento da inadimplência de pessoas jurídicas continuam sendo expressivas, o que reflete as dificuldades econômicas enfrentadas no país”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “O aumento do desemprego, a inflação em patamares elevados e a baixa confiança dos consumidores e empresários afetam a capacidade de pagamento tanto das empresas quanto da população”, analisa.

    Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o crescimento da taxa de inadimplência ao longo de 2015 e 2016 demonstra o quanto o aprofundamento da recessão afetou as empresas. “A economia brasileira deteriorou-se rapidamente, o que impactou a renda das famílias e o faturamento das empresas. A alta da inadimplência observada entre as empresas é um duro reflexo desse cenário, que limita o crédito e engessa o crescimento dos negócios”, explica a economista.

    Fonte: CNDL

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